terça-feira, 9 de março de 2010

A Prática docente


Relatando um pouco de minha vivência enquanto docente, me deparo com muitos paradigmas trazidos pelos alunos de sua vivência escolar. Atuo temporariamente em projeto social, ou seja no meio informal da educação física, onde tive a oportunidade que venho expor: Aprender mais do que acredito ter ensinado. Como isso? Acredito que o contato com uma população oprimida, negada a liberdade, me trouxe a reflexão a qual o posicionamento do professor dentro da atividade educacional.
Creio ter sido decisivo esse contato ao me decidir quanto a isso: O posicionamento deve ser para emancipação das classes oprimidas, a superação das contradições do capitalismo. A neutralidade não é característica do homem, e nem deve ser, sua base é a mentira, não se manifestar perante uma desigualdade é guardar consigo qualquer possibilidade de iniciar uma transformação.
Se manter neutro é buscar ser inerte, mas já fracassando, onde você é afetado de várias formas pelo conflito de classes. Buscando se posicionar onde a linha entre o conflito é muito tênua para qualquer qualificação, se posicionar onde não existe espaço. E pior é permitir que nada seja feito quando existe uma maioria privada de qualquer direito mais básico inerente a qualquer ser humano.
Não busquemos nós posicionar neutro onde somos diretamente atingido pelo pelo capital, pois estamos negando a nossa própria condição como ser humanos, de decidir, agir e transformar. E o local de militância da pessoa, que pretende agir sobre a realidade e a transformar, é junto aos excluidos, aos que são negados a liberdade, pois a transformação parte deles, do povo, do proletário, esse sim, detem o potencial revolucionário.

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